A campanha em pró da conclusão da reforma/ampliação da sede da Filarmônica Cinco de março, entidade com 113 anos de fundação,localizada na cidade de Muritiba no recôncavo baiano, tem despertado por parte de muritibanos residentes em outros municipios uma reflexão pela situação atual do municipio de Muritiba.Vejamos a postagem do Muritibano Luiz Augusto de Santana ,que é Promotor de Justiça Militar que tomou conhecimento da campanha através de Edgar Abbehusen e que publicamos abaixo:"Edgar, pergunte a Witembergue que tipo de ajuda podemos dar além da financeira, que sabemos ser difícil para muitos? É que se as Filarmônicas ficarem esperando ajuda de governos municipais, elas realmente vão acabar, como ocorreu em muitas cidades, especialmente no Recôncavo, sendo de lamentar que os últimos prefeitos de Muritiba, pelo menos nessas gestões mais recentes, por questões de formação pessoal, não tiveram compromisso com a preservação do nosso patrimônio cultural. Também, amigo, quem não é homem de cultura não pode fazer o que não entende, e quando é pressionado, afirma ser tudo bobagem, porque a maioria prefere bandas de axé ou outro tipo de música qualquer, desde que barulhenta, e por isso, em nome de seus eleitores, preferem gastar dinheiro público com bandas que só descaracterizam nossas tradições, do que em filarmônicas, esquecendo que ambas foram celeiros de muitos músicos que serviram nas Forças Armadas e na PM, fazendo carreira, alguns chegando a postos de oficiais, tornando-se maestros das respectivas bandas, ou seja, nossas Filarmônica são escolas de formação cultural e profissional, e que geram oportunidades para muitos muritibanos que, com a extinção delas, jamais terão futuro, isso sem contar com o combate à violência, porque enquanto o jovem está estudando música, não tem tempo para se envolver com drogas, crimes, etc.
Por outro lado, além de tudo que acima falei, por falta de investimento na parte cultural da cidade, eles também estão matando a história de vida de cada um de nós, e quando abrirmos os olhos, Muritiba será a "Terra do Já Teve", ou seja, já teve lavagens, já teve retretas, já teve desfile de colégios, já teve ternos da madrugada, já teve dobrados nos coretos, enfim, já teve, já teve, já teve, e eu fico me perguntando: como vou reviver os alegres momentos em que, mascarado, sai em ternos de madrugada, em lavagens? Como vou reviver os desfiles de Sete de Setembro e de Oito de Agosto dos quais participei pelo meu colégio? Como vou me lembrar das paqueradas que dava nas mocinhas durante as Festas do Bonfim, enquanto uma das Filarmônicas tocava no coreto, e eu seguia atrás de alguma eleita, rodando pela praça, tentando cantarolar as músicas que eram tocadas? É, enquanto eles vão se sucedendo no poder, estamos perdendo nossas identidades com a terra em que nascemos, e de sobra, o próprio sentimento nativista, porque Muritiba, sem dúvida, hoje é um arremedo dos belos tempos, e tudo pelas escolhas erradas que os muritibanos fizeram ao longo dos anos no que se refere aos seus representantes no parlamento municipal e na prefeitura. Éramos felizes e não sabíamos, e hoje evito até visitar minha terra nessas épocas para não sofrer a angústia de ver minhas lembranças virarem pesadelos, principalmente quando vejo palcos para colocação de bandas com sons ensurdecedores tocando músicas que nada tem a ver com nossas tradições, absurdo inconcebível e que custa caríssimo aos cofres da prefeitura, tudo porque nossos atuais prefeitos só pensam em agradar a grande maioria dos seus eleitores, e que infelizmente são parecidos com eles.
Luiz Augusto, um muritibano revoltado "
Por outro lado, além de tudo que acima falei, por falta de investimento na parte cultural da cidade, eles também estão matando a história de vida de cada um de nós, e quando abrirmos os olhos, Muritiba será a "Terra do Já Teve", ou seja, já teve lavagens, já teve retretas, já teve desfile de colégios, já teve ternos da madrugada, já teve dobrados nos coretos, enfim, já teve, já teve, já teve, e eu fico me perguntando: como vou reviver os alegres momentos em que, mascarado, sai em ternos de madrugada, em lavagens? Como vou reviver os desfiles de Sete de Setembro e de Oito de Agosto dos quais participei pelo meu colégio? Como vou me lembrar das paqueradas que dava nas mocinhas durante as Festas do Bonfim, enquanto uma das Filarmônicas tocava no coreto, e eu seguia atrás de alguma eleita, rodando pela praça, tentando cantarolar as músicas que eram tocadas? É, enquanto eles vão se sucedendo no poder, estamos perdendo nossas identidades com a terra em que nascemos, e de sobra, o próprio sentimento nativista, porque Muritiba, sem dúvida, hoje é um arremedo dos belos tempos, e tudo pelas escolhas erradas que os muritibanos fizeram ao longo dos anos no que se refere aos seus representantes no parlamento municipal e na prefeitura. Éramos felizes e não sabíamos, e hoje evito até visitar minha terra nessas épocas para não sofrer a angústia de ver minhas lembranças virarem pesadelos, principalmente quando vejo palcos para colocação de bandas com sons ensurdecedores tocando músicas que nada tem a ver com nossas tradições, absurdo inconcebível e que custa caríssimo aos cofres da prefeitura, tudo porque nossos atuais prefeitos só pensam em agradar a grande maioria dos seus eleitores, e que infelizmente são parecidos com eles.
Luiz Augusto, um muritibano revoltado "
A LUTA CONTINUA E CADA UM PODERÁ DAR A SUA CONTRIBUIÇÃO . SEJA COM OPINIÕES,SUGESTÕES OU FINANCEIRAMENTE.O IMPORTANTE É PARTICIPAR .
Postagem autorizada pelo autor.
Foto : Pça do Bonfim onde fica a sede da Filarmônica 05 de Março
