Importante esclarecer que o Bahia Afro Film Festival, tem como objetivo principal divulgar, integrar e promover discussões em torno da produção de cinema e de vídeos, nacionais e internacionais, que possuam como temática central o cidadão afrodescendente, com ênfase na diáspora africana, no sincretismo cultural, no humanismo e na preservação de raízes e valores.
Com base nisso, seria um contra-senso por parte dos seus idealizadores, tratar como “mercadoria” o corpo e as representações culturais das populações negras, entidades que tanto contribuem para uma marcha de luta a favor dos seus princípios e objetivos.
Cabe esclarecer e ressaltar que o filme MARIA DO PARAGUAÇU, de Camila Dutervil, assim como tantos outros filmes enviados, foi inscrito no III Bahia Afro Film Festival com legenda originalmente em inglês. Isso impossibilitou inclusive, que fosse apreciado para premiação em função de não estar legendado em português.
Nos causa estranheza a nota, pois o festival selecionou o filme Maria do Paraguaçu para mostra competitiva entre 144 filmes inscritos. Destes 144 inscritos tivemos 37 filmes selecionados para mostra competitiva. Se houvesse má fé por parte dos organizadores o filme certamente nem mesmo seria selecionado.
Resta deixar claro, que a UFRB, em especial o Curso de Cinema, é uma instituição com diretrizes fundamentadas nos princípios básicos do compromisso social, no sentido de aproximar a universidade da sociedade. Ela sempre teve um diálogo franco e criativo no qual estabelece a troca de informações e saberes, mantendo com isso uma indissociabilidade entre a informação e a ética.
Por fim, a UFRB, por ser uma instituição de vanguarda, que promove o engajamento dos seus estudantes na construção de uma sociedade justa, jamais praticaria um ato covarde e mesquinho de impedir que o público presente ao III BAFF tivesse acesso ao filme em questão com legenda em português.
Necessário se faz, e as evidências apontam para isso, que os alicerces da UFRB sejam respeitados na sua essência, posto que, pedra angular para o desempenho na dinamização das atividades artístico-culturais da cidade de Cachoeira, se tornando através do III BAFF, um fio condutor da inclusão dos afrodescendentes no contexto cinematográfico.
Prof. Danillo Barata
___________________________
Danillo Barata
Coord. do Curso de Cinema e Audiovisual
CAHL - Centro de Artes, Humanidades e Letras UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Com base nisso, seria um contra-senso por parte dos seus idealizadores, tratar como “mercadoria” o corpo e as representações culturais das populações negras, entidades que tanto contribuem para uma marcha de luta a favor dos seus princípios e objetivos.
Cabe esclarecer e ressaltar que o filme MARIA DO PARAGUAÇU, de Camila Dutervil, assim como tantos outros filmes enviados, foi inscrito no III Bahia Afro Film Festival com legenda originalmente em inglês. Isso impossibilitou inclusive, que fosse apreciado para premiação em função de não estar legendado em português.
Nos causa estranheza a nota, pois o festival selecionou o filme Maria do Paraguaçu para mostra competitiva entre 144 filmes inscritos. Destes 144 inscritos tivemos 37 filmes selecionados para mostra competitiva. Se houvesse má fé por parte dos organizadores o filme certamente nem mesmo seria selecionado.
Resta deixar claro, que a UFRB, em especial o Curso de Cinema, é uma instituição com diretrizes fundamentadas nos princípios básicos do compromisso social, no sentido de aproximar a universidade da sociedade. Ela sempre teve um diálogo franco e criativo no qual estabelece a troca de informações e saberes, mantendo com isso uma indissociabilidade entre a informação e a ética.
Por fim, a UFRB, por ser uma instituição de vanguarda, que promove o engajamento dos seus estudantes na construção de uma sociedade justa, jamais praticaria um ato covarde e mesquinho de impedir que o público presente ao III BAFF tivesse acesso ao filme em questão com legenda em português.
Necessário se faz, e as evidências apontam para isso, que os alicerces da UFRB sejam respeitados na sua essência, posto que, pedra angular para o desempenho na dinamização das atividades artístico-culturais da cidade de Cachoeira, se tornando através do III BAFF, um fio condutor da inclusão dos afrodescendentes no contexto cinematográfico.
Prof. Danillo Barata
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Danillo Barata
Coord. do Curso de Cinema e Audiovisual
CAHL - Centro de Artes, Humanidades e Letras UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
