ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL E MUSICAL 5 DE MARÇO

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segunda-feira, 8 de março de 2010

Castro Alves é homenageado em Cabaceiras do Paraguaçu


No próximo dia 14 de março [domingo] a Diretoria de Museus do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia, Dimus/IPAC, em parceria com a Fundação Pedro Calmon, comemora 163 anos da memória e do legado de um dos principais nomes do romantismo brasileiro, porta-voz literário da Abolição da Escravatura. Em meio a alvoradas, recitais de poesias e outras apresentações culturais, Antônio Frederico de Castro Alves será lembrado, mais uma vez, no museu biográfico Parque Histórico Castro Alves [PHCA], como o virtuoso trovador baiano, antigo morador da fazenda do município de Cabaceiras do Paraguaçu.

A programação comemorativa inicia uma semana antes do dia 14, com o IX Festival de Declamação de Poemas de Antônio de Castro Alves. Avaliados a partir da fidelidade ao texto declamado, da originalidade e da criatividade na interpretação, representantes de aproximadamente 10 cidades concorrem a uma premiação de até R$ 800. Contudo, quem ganha mesmo é o público presente, que todo ano sabe que pode assistir às mais variadas declamações, quase sempre apaixonadas pela obra do poeta. O corpo de jurados, responsável pela avaliação dos participantes do festival, é composto por diretores de teatro, atores, poetas e profissionais da área de literatura.

O dia da festa - No dia 14, a partir das 5h, os fogos de artifício da alvorada anunciam para todos os moradores da região: é o início da comemoração. Aos poucos, os 52 mil metros quadrados do PHCA começam a ser tomados por uma verdadeira romaria, que se repete anualmente pela ocasião da tradicional festa. São 10 cidades, aproximadamente, reunidas para celebrar o aniversário do poeta. Após a alvorada, o dia segue com outras atividades. Confira, abaixo, a programação completa:

9h – Missa Festiva

10h30 - Performance de Marcos Peralta e grupo Viverart Poesia.

11h – Projeto Sopa de Letras e Cia. de Teatro Cecéu

12h – Almoço

14h - Homenagens ao Poeta

15h - Entrega da premiação dos vencedores do 9° Festival de Declamação de Poemas de Antônio de Castro Alves

16h - Apresentação musical com Sapiranga e Fabrício Rios
16h30 – Apresentação musical: Samba das Moças

Ceceu, o poeta - Castro Alves, conhecido entre os amigos como Ceceu, Nasceu na Bahia, dia 14 de março de 1847, na Fazenda Cabaceiras, comarca de Muritiba, a 42 km da Vila de Nossa Senhora da Conceição de "Curralinho" (hoje, Castro Alves). Pertenceu à Terceira Geração da Poesia Romântica (Social ou Condoreira), caracterizada pelos ideais abolicionistas e republicanos, sendo considerado a maior expressão da época. Suas obras são: Espumas Flutuantes, Gonzaga ou A Revolução de Minas, Cachoeira de Paulo Afonso, Vozes D'África, O Navio Negreiro, entre tantas. Suas poesias são marcadas pela crítica à escravidão, motivo pelo qual é conhecido como “Poeta dos Escravos”.

Em 1862 ingressou na Faculdade de Direito de Recife, após ter feito o curso primário no Ginásio Baiano. É dessa época a composição dos primeiros poemas abolicionistas: Os Escravos e A Cachoeira de Paulo Afonso. Em 1867, retorna para a Bahia e segue, no mesmo ano, para o Rio de Janeiro, com incentivos promissores de José de Alencar, Francisco Otaviano e Machado de Assis. Depois, em São Paulo, encontrou a mais brilhante das gerações, a exemplo de Rui Barbosa, Joaquim Nabuco, Rodrigues Alves, Afonso Pena, Bias Fortes, para citar alguns dos notáveis. Neste período, viveu seus dias de maior glória. Em 11 de novembro de 1868, caçando nos arredores de São Paulo, feriu o calcanhar esquerdo com um tiro de espingarda, resultando-lhe na amputação do pé. Em seguida, veio a tuberculose, obrigando-o a voltar à Bahia, onde morreu , em 1871.

O Parque – Museu Biográfico localizado a 160 km da cidade de Salvador, o PHCA foi inaugurado em março de 1971, por ocasião do primeiro centenário da morte de Castro Alves. Dispõe de um auditório aberto com capacidade para 200 pessoas, um mini-auditório para vídeo no circuito da exposição - com aparelho de áudio no qual o visitante pode ouvir alguns dos poemas de Castro Alves - e uma biblioteca. Possui, ainda, uma escola de 1° e 2° graus, uma fonte, um caramanchão e um acervo com mais de 380 objetos que pertenceram ao poeta e seus familiares, formado por fotografias, cartões-postais, manuscritos, livros, indumentárias, adornos pessoais, utensílios, domésticos e artes visuais.
P.S.: O poeta Castro Alves aprendeu as primeiras letras onde hoje é a sede da Filarmônica 5 de Março na cidade de Muritiba.
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